Imagem: Hermógenes T. P. Filho |
A liminar foi pleiteada em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público (MP) e atinge a Rápido Araguaia, a HP Transportes Coletivos Ltda., a Viação Reunidas Ltda., a Cooperativa de Transportes do Estado de Goiás (Cootego) e a Metrobus Transporte Coletivo S.A.
De acordo com o MP, para compensar prejuízo decorrente da falta de reajuste nas tarifas do transporte coletivo urbano, as empresas reduziram a frota em circulação durante o mês de agosto e, com isso, descumpriram os horários e planinhas das viagens, ocasionando caos nos terminais e pontos de ônibus. A promotoria lembrou, entre outras normativas, o artigo 6º da Lei de Concessões, segundo o qual toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários.
Ao conceder a liminar, Willian Costa observou que a relação entre as empresas em questão e os usuários do transporte coletivo urbano configura “contrato de obrigação de fim”, em que um paga um preço e o outro se obriga a fazer o transporte de um ponto a outro. “Portanto, as empresas transportadoras (requeridas) devem cumprir alguns critérios elementares, tais como quantidade máxima de passageiros por veículo e tempo razoável de espera dos usuários nos pontos, sob pena inclusive de se violar direitos afetos à esfera da dignidade humana”, frisou.
Patrícia Papini
Processo: 201303041973
Fonte: TJGO